Anunciado, Tite terá desafios para fazer o Flamengo engrenar; entenda
O Flamengo, enfim, anunciou a contratação do técnico Tite. Com contrato até o fim de 2024, o novo comandante chega depois da demissão de Jorge Sampaoli e ter defendido o Brasil em duas Copas do Mundo seguidas. O gaúcho terá pela frente a missão de recolocar o Rubro-Negro na próxima Copa Libertadores, além de ter a tarefa de reformular o elenco para o próximo ano. O J10, então, enumera os desafios do treinador diante do atual momento do clube carioca.
Ao longo da temporada, a equipe carioca conviveu com intensa troca no comando técnico e muitos problemas. Esse contexto refletiu diretamente no desempenho em campo e em agressões físicas. A passagem do argentino no clube da Gávea foi repleta de confusões extracampo, que não foram geridas da maneira que o elenco entendia ser o correto.
Recuperar e potencializar jogadores
O primeiro desafio de Tite é justamente potencializar as qualidades de velhos conhecidos. Quando comandava a seleção, o treinador convocou alguns jogadores deste elenco como: Gabigol, Pedro, Everton Ribeiro e Cebolinha, que podem render mais do que tem mostrado em campo. O último foi artilheiro da Copa América 2019, sob a batuta do técnico.
Nesse sentido, os holofotes estão todos apontados para o camisa 10, que segue na reserva e vive sua pior fase no Flamengo. A questão é esquecer as provocações do atacante na comemoração do título da Libertadores 2022, e resgatar a confiança de um dos ídolos dessa atual geração.
Gestão do elenco dentro e fora de campo
Para fazer a engrenagem girar, o treinador terá que aparar as arestas deixadas por Jorge Sampaoli e unir o grupo. Com um perfil agregador, Tite tem tudo para fazer o elenco entender, que tem qualidade suficiente para brigar por títulos e tentar repetir as atuações de outrora.
Deste elenco, o gaúcho comandou onze jogadores enquanto estava na seleção brasileira: Santos, Rodrigo Caio, Pablo, David Luiz, Filipe Luís, Gerson, Everton Ribeiro, Everton Cebolinha, Bruno Henrique, Gabigol e Pedro.
Recolocar o time na Libertadores
Restam onze rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, e a diferença do Flamengo para o líder Botafogo é de 11 pontos. Sendo assim, o foco é confirmar a vaga na Copa Libertadores e finalizar a competição com tranquilidade. O treinador terá material humano para isso, porém precisará dos dois itens anteriores para fazer o time retomar o caminho que a torcida anseia.
Construir a espinha dorsal
Em sua passagem pelo Rubro-Negro, Jorge Sampaoli não repetiu escalação nos 39 jogos em que comandou a equipe. O interino Mário Jorge, por sua vez, fez o oposto nos duelos contra Bahia e Corinthians. Caberá a Tite, definir uma espinha dorsal que faça não só o time obter resultados, como o torcedor saber os titulares de cor.
O treinador argentino conviveu com a irregularidade e surpreendeu em todas as escalações. Em campo, o time carecia de identidade e, muitas vezes, de entrosamento com as constantes mudanças. Experiente, o novo comandante terá a tarefa não só de resgatar o bom futebol, como de definir um estilo e os titulares.
Reestruturação do elenco
Com contrato até 2024, no fim do mandato do presidente Rodolfo Landim, Tite terá tempo e carta branca para montar o grupo. O treinador precisa definir as posições mais carentes e ser certeiro no mercado. Além disso, alguns jogadores importantes têm contrato até o fim do ano, como Everton Ribeiro e Bruno Henrique. O comandante, portanto, precisa definir os próximos passos e bater o martelo sobre atletas queridos pela torcida.
Melhorar sistema defensivo
Desde que comandava o Corinthians, Tite ficou conhecido por apresentar um sistema defensivo consistente. A equipe já sofreu 31 gols no Brasileirão, a décima pior defesa, e, no momento, apenas Fabrício Bruno tem tido boas atuações pelo setor. O intuito é fortalecer o sistema para chegar para a estreia, diante do Cruzeiro, no Mineirão, já com uma postura diferente.
Desempenho como mandante
No Campeonato Brasileiro, o Flamengo tem a melhor campanha longe de seus domínios, com 22 pontos. Por outro lado, o desempenho no Maracanã é totalmente oposto, sendo apenas o décimo melhor como mandante. O treinador terá que resgatar a força da equipe em casa para iniciar uma arrancada na reta final do Brasileirão.
Fonte: esporte.ig.com.br