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Ilha do Retiro, Juba, SAF: Yuri Romão fala sobre sobre gestão no Sport

Ilha do Retiro, Juba, SAF: Yuri Romão fala sobre sobre gestão no Sport
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Yuri Romão foi reeleito presidente do Sport no final de 2022Reprodução/Twitter

Lutando para retornar à Série A em 2024, o Sport vem se reestruturando internamente para brigar ‘nas cabeças’ nas próximas temporadas do futebol brasileiro.

No ‘piloto’ desse barco, o presidente Yuri Romão não vê a hora do Leão da Ilha garantir o acesso, mas faz questão de elogiar, em entrevista exclusiva ao iG Esporte, a evolução e entrega que as equipes da Série B vem proporcionando ao longo dos últimos anos na competição.

“Enxergo a Série B deste ano como muito nivelada. São pelo menos 10 equipes que podem buscar o acesso a elite do futebol brasileiro. Acredito que as últimas cinco rodadas da competição serão extremamente pegadas, com muita disputa e isso é bom. Tive uma conversa com o presidente do Juventude antes de uma reunião da Liga Forte Futebol e disse que gosto disso (competitividade da Série B), obviamente como presidente eu gostaria de estar na frente disparado, mas para a competição ela se torna um produto muito mais interessante para quem consome”, iniciou Romão.

“Nosso objetivo principal não poderia ser outro se não o acesso. Se por algum acaso continuarmos exercendo esse futebol, que inclusive no primeiro semestre foi mais vibrante, é possível que realmente a gente dispute o título, não podemos é cair de rendimento nessa reta final, é uma preocupação que nós temos. Mas acredito que pela união e compromisso do grupo, estaremos entre os quatro e quem sabe brigar pelo título”, completou.

Entre os projetos do Sport, estava o sonho de uma reforma estrutural na Ilha do Retiro. E ao que tudo indica vai realmente sair do papel. O presidente, que foi reeleito ao cargo no final de 2022, explicou como estão as conversas e as etapas que faltam para que isso se formalize oficialmente.

“A gestão tomou como um dos pilares a modernização da Ilha do Retiro, por entender que o estádio, a torcida que nós temos e a localização seria muito interessante que monetizássemos ainda mais o nosso equipamento, que já tem 86 anos e precisa como qualquer outro de uma melhora. Ainda não chegamos a esse valor (R$ 200 milhões, especulado anteriormente). Teremos reuniões com arquitetos para finalizar a parte conceitual e aí sim, depois do projeto executivo, teremos o orçamentário. Qualquer valor que digamos agora será sem um embasamento necessário, podemos até calcular em cima de experiências de outros estádios, mas jamais chegar em um valor final. Atualmente trabalho com um valor de R$ 150 milhões, mas isso pode mudar para menos ou para mais. Isso dependerá de duas situações: financiamento para realizar o que queremos. Tivemos várias incursões com empresas do mercado financeiro e uma coisa que me deixou muito feliz é o fato de que o projeto atraiu o interesse por parte desses investidores de estarem juntos. Isso nos dá um tranquilidade de avançar. E a segunda questão é que diante dessa aceitação por parte do mercado financeiro, em querer estar próximo, se faz necessário a regularização do imóvel, tudo que é necessário para que o investidor tenha o conforto de colocar o seu recurso dentro de uma estrutura que esteja organizada”, comentou ao iG Esporte.

Veja, abaixo, outros assuntos abordados na entrevista com Yuri Romão:

Gramado sintético na Ilha do Retiro?

– Ainda não entramos nessa discussão, mas que eu iriei fazer. Vou usar o relacionamento que hoje eu possuo com outros presidentes de clubes, como o pessoal do Grêmio, Botafogo, Palmeiras, Athletico para que a nossa equipe do departamento do futebol, porque já não é mais uma questão do departamento de infraestrutura, dizer se vamos ou não fazer. Não sou um adepto e nunca fui da imposição. Eu poderia, enquanto dirigente, falar que vai ser e pronto. Então eu prefiro deixar que o departamento de futebol opine, logicamente iremos coletar alguns números e requisitos para fazer essas conversas e chegar em uma decisão. Mas uma coisa é certa, o gramado e toda sua infraestrutura será substituída, passará por uma intervenção gigante, mas ainda não decidimos se será grama artificial ou não.

A transformação para SAF ainda está nos planos para 2023?  Existem conversas?

– Ainda não houve conversas com nenhum grupo específico. O que houve foi que, lá atrás, fomos procurados por um grupo capitaneado até pelo cônsul inglês aqui em Pernambuco, que tinha interesse em negociar o Sport na Inglaterra. Quando eles mandaram para gente o termo de confidencialidade e nós lemos, acabamos não concordando, tinha questão de exclusividade, participação caso nós fechássemos com outro fundo, então nos amarrava muito. Para todos os fundos que nos procuraram eu já abro a reunião dizendo que não damos exclusividade. Quem chegar primeiro, quando estivermos aptos a fazer a venda, vai levar. Isso é um conceito da nossa gestão. Não costumo abrir mão das convicções que nós temos. 

A SAF para o Sport, hoje, inexiste em todos os aspectos, porque nem o conselho se reuniu para tratar do assunto, até uma questão que me incomoda um pouco. Existem alguns interessados, houve procuras, até pelas minhas constantes idas para São Paulo. Perguntam se tenho um valuation (avaliação de empresas), e eu só irei fazer isso no momento que o conselho me autorizar. 

Futuro da SAF para clubes do nordeste e no Sport

– Tenho uma convicção comigo que nenhum clube do nordeste conseguirá acompanhar a evolução do futebol brasileiro se não tiver um parceiro financeiro ao lado. Possivelmente não farei parte desse contexto mais a frente, mas não poderia ser omisso e deixar de fazer a base para que na minha gestão ou na do próximo presidente se aconteça isso. Busco sempre o que é melhor para o clube. 

Em julho o Bahia ofereceu a quantia de R$ 4 milhões para antecipar a chegada do Luciano Juba, valor que o Sport recusou. A decisão acabou gerando críticas dos torcedores. Houve um arrependimento por conta disso? 

– Foi uma decisão colegiada entre direção, presidência e comissão técnica. O valor não foi esse (R$ 4 milhões), poderia chegar a isso, mas teria que se atingir uma série de fatores. Nós optamos em abril, maio, por mantê-lo até o final de agosto, porque a gente entendia que naquele momento Juba poderia entregar muito mais do que o valor que estava sendo ofertado. A final da Copa do Nordeste, os inúmeros gols e assistências que fez, avançamos bastante na Copa do Brasil e acabamos infelizes, por ironia do destino, pelo pênalti que ele perdeu contra o São Paulo. Uma coisa que sempre elogio é o profissionalismo do atleta. Se lá atrás tivéssemos notado que ele não estivesse disposto, obviamente que iríamos aceitar o recurso, mas não foi o caso. 

Não me arrependo (de não vendê-lo antecipadamente). Óbvio, com um recurso para um clube endividado como é o Sport, com a receita de Série B é muito aquém que um clube como o nosso precisa, lógico que um recurso iria ajudar, mas insisto em dizer que o desempenho dele esportivo valeu muito mais a pena mantê-lo do que receber a quantia que foi ofertada.

– Acho que uma das melhores notícias que o torcedor do Sport teve em 2023 foi a tão sonhada volta de Diego Souza. E logo em seu primeiro jogo ele já balançou as redes. Parece o casamento perfeito, não é mesmo?

– O Diego é um atleta que dispensa comentários. Por onde passou foi muito bem. Já é a terceira passagem dele por aqui e não poderia ser diferente. A representatividade dele para o clube ultrapassa a questão esportiva. Diego tem um carisma que o torcedor rubro-negro gosta e idolatra, e até por essa conectividade que o clube precisa ter com a sua torcida isso nos ajuda bastante. E um outro aspecto tão importante quanto é a liderança de Diego. Ele conquistou ao longo de sua carreira esse perfil de líder. Junto com o Love e o Thyere eles estão passando para o elenco essa confiança necessária para esses jogos finais. 

Fonte: esporte.ig.com.br

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