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Jordânia na final: 10 coisas para saber sobre a zebra da Copa da Ásia

Jordânia na final: 10 coisas para saber sobre a zebra da Copa da Ásia
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Jordânia na final: 10 coisas para saber sobre a zebra da Copa da ÁsiaFoto: Reprodução

A Copa da Ásia teve vários times que se tornaram sensação ao longo do torneio, mas apenas um conseguiu manter o fôlego e chegar à grande final: a Jordânia, grande zebra da competição, que eliminou a favoritíssima Coreia do Sul na semi e vai encarar o anfitrião Catar na decisão deste sábado, 10. A bola rola a partir das 12h (de Brasília).

Veja a seguir 10 curiosidades sobre o a seleção do país do Oriente Médio, que tem cerca de 11,5 milhões de habitantes e busca seu primeiro grande título internacional.

1 – Só um jogador atua na Europa

Dos 26 convocados para a Copa da Ásia, só um joga em um grande centro do futebol europeu: o ponta-direita Musa Al-Taamari, camisa 10 e craque do time, é titular do Montpellier, da França. Canhoto e habilidoso, ele é a principal arma ofensiva da Jordânia. Os outros 25 jogadores atuam todos em ligas de países islâmicos, sendo 16 na própria Jordânia (seis no principal time do país, o Al-Faisaly), três no Catar, dois na Malásia, um na Arábia Saudita, um no Líbano, um na Líbia e um no Iraque.

2 – Eles riem da posse de bola

No caminho para a final, a Jordânia mostrou que não tem muito interesse em ficar com a bola. O time prefere se fechar em um 5-4-1 e esperar o momento certo para pressionar e contra-atacar. Na zebraça contra a Coreia do Sul na semifinal, por exemplo, os jordanianos tiveram só 30% da posse de bola, mas massacraram no número de finalizações (17 x 8) e venceram o jogo por 2 a 0. Coincidência ou não, no único jogo em que teve mais posse que o adversário (61%), o time perdeu por 1 a 0 para o Bahrein na primeira fase.

3 – O artilheiro é reserva (e foi expulso)

O maior artilheiro da história da Jordânia é o centroavante Hamza Al-Dardour, com 33 gols em 110 jogos pela seleção. O veterano de 32 anos está entre os convocados, mas praticamente não jogou, entrando apenas em dois jogos da primeira fase no segundo tempo. Ele perdeu espaço para Yazan Al-Naimat, 24 anos, atacante do Al-Ahli, do Catar, que foi titular em todos os jogos e já marcou três gols no torneio. Para piorar, Al-Dardour ainda foi expulso no banco de reservas no jogo das oitavas, contra o Iraque, por reclamação.

4 – A preparação foi um desastre

A preparação da Jordânia para a Copa da Ásia não indicava nem um pouco que eles seriam finalistas da competição. Logo na estreia do técnico Hussein Ammouta, em setembro do ano passado, o time tomou 6 a 0 da Noruega – que jogou sem Haaland. Seguiram-se derrotas para Azerbaijão, Irã, Arábia Saudita e Líbano, além de empates contra Iraque e Tajiquistão. A única vitória nesse período foi justamente contra o Catar, adversário da final, por 2 a 1. Já o último jogo antes do torneio foi outra goleada: 6 a 1 para o Japão. As coisas se encaixaram na hora certa, com o time se classificando ao mata-mata como um dos melhores terceiros colocados.

5 – É apenas o 13º melhor time da Ásia (segundo a Fifa)

Para ter uma ideia do tamanho da zebra que é a Jordânia na final, o último ranking da Fifa, divulgado em dezembro de 2023, indica que a seleção é apenas a 13ª mais forte da Ásia, na 87ª colocação geral. Aparecem à frente Japão (17º), Irã (21º), Coreia do Sul (23º), Austrália (25º), Arábia Saudita (56º), Catar (58º), Iraque (63º), Emirados Árabes Unidos (64º), Uzbequistão (68º), Omã (74º), China (79º) e Bahrein (86º). Claro que, com a campanha história na Copa da Ásia, a colocação da Jordânia deve melhorar bastante na próxima atualização.

6 – Já é o maior feito da seleção

Mesmo se não vencer a final contra o Catar, esse time já fez história. Nunca antes a Jordânia havia passado das quartas de final da Copa da Ásia. Além disso, o time nunca conquistou um título nem mesmo em torneios locais: foi três vezes vice da Copa do Oeste Asiático e duas vezes semifinalista da Copa Árabe. As únicas glórias no futebol vieram nos Jogos Árabes de 1997 e 1999, uma espécie de Olimpíada dos países da região.

7 – Quase estiveram no Brasil em 2014

A Jordânia nunca disputou uma Copa do Mundo, mas o mais perto que eles chegaram disso foi justamente na última edição que aconteceu no Brasil, em 2014. Após ficar em terceiro no seu grupo, atrás de Japão e Austrália, e bater o Uzbequistão nos pênaltis no playoff asiático, o time precisou encarar o Uruguai na repescagem mundial por uma vaga na Copa. Mas já no primeiro jogo, em casa, veio uma derrota por 5 a 0 para o time de Suárez e Cavani. Na volta, em Montevidéu, o Uruguai segurou o 0 a 0 e pôs fim ao sonho jordaniano.

8 – É freguês do Catar

O adversário da final não traz lembranças muito boas para a Jordânia, que tem uma grande freguesia para o rival local. Em 23 jogos contra o Catar na história, foram apenas sete vitórias, com quatro empates e 12 derrotas. Pelo menos, a Jordânia levou a melhor no último encontro entre os dois: em amistoso disputado em 5 de janeiro deste ano, pouco antes da Copa da Ásia começar, a equipe venceu por 2 a 1, com ambas as seleções usando seus times titulares.

9 – O treinador já comandou Xavi

O técnico é o marroquino Hussein Ammouta, que fez carreira como meio-campista em times do norte africano e do Oriente Médio antes de se tornar treinador. Bicampeão da liga no Marrocos, ele está no comando da seleção da Jordânia desde o meio do ano passado. Quando esteve no Al-Sadd, do Catar, em 2015, ele treinou ninguém menos que Xavi, que havia acabado de se transferir do Barcelona à época. Mas o estilo de jogo de Ammouta é bem diferente do espanhol, focado mais em solidez defensiva e rápidos contra-ataques.

10 – O esporte de maior sucesso é o taekwondo

Apesar de o futebol ser de longe o esporte mais popular da Jordânia, a modalidade na qual o país mais obteve sucesso internacional é o taekwondo. Na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, o país fez história com sua primeira medalha, obtida por Ahmad Abu Ghaush, que foi campeão na categoria até 67 kg. Desde então, o país tem mostrado resultados consistentes no taekwondo, com mais medalhas conquistadas em competições asiáticas e mundiais.

Fonte: esporte.ig.com.br

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