TAS suspende atleta russa por doping e pode anular ouro olímpico
O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) suspendeu a patinadora Kamila Valieva por quatro anos, após a atleta russa ser julgada por doping. A decisão, divulgada nesta segunda-feira (29), anula os resultados conquistados por ela desde dezembro de 2021, podendo afetar seu ouro nas Olimpíadas de Inverno, em Pequim-2022.
O teste positivo para trimetazidina (TMZ), em exame realizado durante o Campeonato Russo, foi revelado ainda durante os Jogos de Pequim, mas a atleta permaneceu na equipe e as provas da modalidade ocorreram normalmente. Além deste ouro, Valieva deve perder também o título europeu de 2022 e o 4° lugar individual em Pequim.
Inicialmente, a Agência de Antidoping Russa (Rusada) defendeu a atleta, que tinha 15 anos à época, isentando-a de “culpa ou negligência”; acabou advertindo a atleta posteriormente.
Siga o Esporte News Mundo no Instagram, Twitter, e Facebook.
A Agência Internacional Antidoping emitiu dura nota a favor da decisão, classificando como “imperdoável” o doping de crianças. E completa: “Médicos, treinadores e outras pessoas que forem flagradas providenciando substâncias de ganho de performance para menores de idade devem enfrentar toda a força do Código Internacional Anti-doping”, diz o comunicado.
Kamila Valieva ainda tem 30 dias para entrar com recurso no TAS e tentar reverter a decisão. Como se trata de uma suspensão retroativa, a atleta deve ficar fora das competições até 2025.
+Relembre a preparação brasileira para as Olímpiadas de Inverno 2022
ATLETAS SEM MEDALHA
Ciente do resultado do teste durante as Olimpíadas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu não realizar o pódio da competição por equipes, gerando uma situação inusitada: 9 patinadores dos Estados Unidos e 8 do Japão ficaram sem as medalhas de prata e bronze, respectivamente.
Agora, o COI e a União Internacional de Patinação vão deliberar se cassam ou não o ouro do Comitê Olímpico Russo. O novo pódio pode ter os Estados Unidos (ouro), Japão (prata) e Canadá, herdando o bronze.
Fonte: esporte.ig.com.br