Repleta de poesia, mostra fotográfica apresenta a história de corpos negros e trans na estação Trianon MASP
Repleta de poesia, mostra fotográfica apresenta a história de corpos negros e trans na estação Trianon MASPRedação
Qual o espaço que os corpos negros ocupam e quais merecem ser ocupados? Se corpos marginalizados historicamente pudessem adentrar em algum espaço para contar suas histórias, quais locais escolheriam?
A exposição fotográfica “Retomada – Linhas Negras” em cartaz até o dia 16 de janeiro na estação de metrô Trianon-MASP, em São Paulo, vem para responder algumas dessas perguntas. E o local escolhido não foi por acaso, já que o vai e vem de pessoas apressadas agora vai ganhar uma nova camada de histórias que qualquer um pode acessar gratuitamente, independente de sua classe social.
A lente de Ale Catan registrou variados tons da pele negra para apresentar as mensagens intrínsecas dentro da existência de cada um deles. O ator e compositor Barroso e as atrizes Julianna Gerais, Thainá Duarte e Laian Lara foram o foco dessa contação poética fotográfica a ocupar o espaço urbano da maior capital do Brasil.
Pensamos em iniciar a exposição “Retomada- Linhas Negras” na Estação Trianon-Masp pois acreditamos que seja uma estação em que o público tenha mais possibilidades de parar, ver e vivenciar a mostra. Isso devido a estação estar localizada na Avenida Paulista, região central com muito movimento e que pode atrair outro público para além do público do metrô”, conta Barroso.
A ideia da mostra nasceu de encontros entre artistas emergentes que vêm ganhando espaço no teatro, cinema e música. As reuniões aconteceram no período pandêmico, o que dificultou a chegada do projeto no tempo desejado.
Dos debates acendeu-se a necessidade de apresentar as potências contidas nestes corpos à deriva e que naquele momento enfrentavam dificuldades de mostrar ao mundo o que são capazes. Felizmente, todos os envolvidos hoje conseguiram se impor como forças em suas áreas de atuação, conferindo novos significados à “Retomada – Linhas Negras”.
A importância de ter uma exposição como essa em um espaço público é levar cultura aos que nem sempre têm tempo e acesso para apreciá-la. O corredor de fotografias atrai e combate a indiferença da pressa paulistana.
Fonte: gente.ig.com.br