Levantamento em Mato Grosso aponta que 70% de caminhoneiros têm sobrepeso e diabete; médico alerta para cuidados
Um levantamento da concessionária Nova Rota do Oeste apontou que 78% de caminhoneiros apresentam algum grau de obesidade e 76% têm ou estão perto de desenvolver diabete. O relatório foi realizado durante o programa Parada Legal, no último mês, atendeu 344 pessoas, sendo 88% de homens e 12% de mulheres. Dos participantes com algum grau de obesidade, 36% estão com sobrepeso; 33% foram apontados como obeso nível 1; 9% como obeso nível 2. Com relação ao índice glicêmico, 36% dos motoristas foram considerados como pré-diabéticos e 40% considerados já com quadro de diabete.
Segundo a concessionária, a rotina estressante aliada à ausência de atividades físicas e alimentação rica em gordura, sal e carboidrato acendeu o alerta sobre a saúde dos caminhoneiros. O médico Cyro Jorge Cafure Bezerra avaliou que esse quadro tem relação com o estilo de vida dos caminhoneiros, que trabalham por horas sentados, executando pouco movimento físico e, com isso, tem baixo gasto energético; somado à alimentação irregular (com excesso de tempero, gordura e massa); sedentarismo; sono com baixa qualidade e estresse exagerado.
“Tudo isso reflete no que chamamos de síndrome metabólica, que pode desencadear problemas sérios de saúde, como problemas cardíacos, acidente vascular cerebral – o famoso derrame -, trombose e até mesmo um câncer”, disse o médico.
Para iniciar uma mudança na rotina, o médico recomenda que o motorista profissional busque uma alimentação mais saudável, de preferência com o apoio de um nutrólogo que é o profissional com conhecimento adequado para indicar qual a melhor dieta para cada caso. Cita que uma medida bastante saudável é preparar o próprio alimento de forma que consiga controlar a quantidade de sal e gorduras adicionadas às refeições. “Não adianta terceirizar o cuidado com a sua saúde. Você é o responsável pelo que come, bebe e como vive. Todos nós temos que entender que nosso corpo e a nossa mente são as ferramentas principais para o nosso sustento, o nosso trabalho. Se não dermos a devida atenção, teremos problema no futuro”, concluiu o médico, através da assessoria.
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Fonte: sonoticias.com.br