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Orientação da ATEG – Técnicos de campo alertam sobre praga na mandiocultura

Orientação da ATEG  –  Técnicos de campo alertam sobre praga na mandiocultura
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Em questão de dias, os produtores rurais de Campo Verde, Alexandre Silva e Odete do Bomdespacho, viram o seu único hectare de mandiocal ser totalmente desfolhado. O motivo foi o ataque de um inseto coleóptero, até então uma praga incomum na mandiocultura, nesta região.
“Em quinze dias, a parte aérea estava toda desfolhada. Somente descobrimos o que tinha causado, porque resolvemos checar à noite se encontrávamos alguma coisa e vimos os besouros”, explicou Odete, que produz mandioca junto ao esposo, há dois anos.

Por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) que atende os produtores, é que foi identificada a praga: um besouro da subfamília Dynastinae.
O técnico de campo credenciado ao Senar-MT, André Honorato, atende 29 produtores rurais no município e também identificou a praga em uma plantação de pitaya. “Estamos em época de revoada de insetos coleópteros, em que eles saem do subsolo em busca de alimentos. Apesar da revoada ser comum nessa época de início das chuvas, essa é a primeira vez que tem ocorrência de coleópteros na cultura da mandioca”, afirmou.

Segundo o engenheiro agrônomo, a orientação tem sido evitar a luminosidade perto das lavouras. “O recomendável é não ter luz perto das plantações, porque o inseto tem o hábito noturno e é atraído pela luminosidade. É possível até criar armadilhas luminosas para afastá-los da lavoura”, destacou.
Prejuízos ao mandiocal – Cleonir Andrade é técnico de campo do Senar-MT no município de Chapada dos Guimarães. Com vasta experiência na cultura, o técnico também foi envolvido na busca pela solução do problema. De acordo com ele, é necessário que o produtor rural se atente para mudanças na lavoura, dentre elas a desfolha significativa na parte aérea do mandiocal.

“Toda desfolha provoca atraso. Se formos pensar na variedade Camanducaia, que é de ciclo curto, vai ocasionar o atraso de colheita, assim como nesse caso de Campo Verde em que as plantas ainda estão no estágio inicial de crescimento”, explicou o especialista.

Segundo o profissional, caso o ataque ocorresse no estágio próximo à colheita, afetaria na qualidade da raiz. “Se estivesse perto de colher, a raiz acumularia bastante água para emitir novos brotos e a mandioca ficaria aguada, o que perde o seu valor comercial. No caso, de variedades de ciclo curto, a colheita pode até ser inviabilizada”

Reflexos ao consumidor – O profissional também já trabalhou com beneficiamento da mandioca e alerta para possíveis consequências do alastramento da praga, ao consumidor. “Cerca de 90% dos produtores rurais que atendo em Chapada dos Guimarães são de mandiocultura. Por semana, temos de 1.000 a 1.500 sacos de mandioca saindo para Cuiabá. Se a praga se alastrar, pode acarretar a alta dos preços devido a baixa oferta do produto”.

DN Notícias com  a assessoria de imprensa do Senar-MT

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