Manipuladora, cruel e vingativa, Paula Cohen surpreendeu como Miriam. O tom maléfico e narcísico da vilã em nada parece com a proposta da obra original e a mudança foi extremamente atrativa para o enredo da trama.Das sete protagonistas, Natália, interpretada por Mariana Santos, é a que melhor foi construída. Tida como louca no início da novela, conseguiu provar que o irmão, de fato, foi assassinado. Passeando por momentos muito dramáticos e também por sequências cômicas, mostrou que merecia uma protagonista na faixa das seis.Helena (Isabel Teixeira) e o núcleo que a rodeava foram a alma do rekame. A personagem desequilibrada e má concentrou todas as narrativas em si e mudou ao decorrer dos capítulos, se despedindo de uma vilã caricata para uma criminosa sem limites.Maria Ceiça brilhou como a doce, cômica e forte Marlene. Tia de uma das protagonistas, Adriana (Thalita Carauta), ela ganhou profundidade ao decorrer dos capítulos e na reta final, quando foi sequestrada, roubou a cena.Na pele de Érica, Monique Alfradique foi um respiro para o núcleo de Reneé (Maria Clara Spinelli). Após descobrir as traições do então marido, Edu (Luís Navarro), e sofrer um grave acidente, ganhou cada vez mais tempo de tela e fez jus ao reconhecimento com uma interpretação excelente.Lúdico e engraçado, Mario Fofoca foi um dos maiores acertos do remake. Longe de ser caricato ou forçado, Lázaro Ramos entregou outro papel marcante na teledramaturgia brasileira.Marcos Caruso parecia ser um figurante de luxo como Sérgio na primeira leva de capítulos, impressão essa que se dissipou após as falcatruas do vilão virem à tona. Responsável pela morte de Bruno (Luan Argollo), coleciona uma vasta lista de crimes e deu o tom frio e calculista que o personagem pedia.Ser trocado na maternidade e descobrir que a mãe e o avô são criminosos foram sequências que exigiram interpretações dramáticas de Filipe Bragança como Giovanni. O ator contracenou com veteranos consolidados e se destacou no remake assinado por Thereza Falcão e Alessandro Marson.
